Análise Preditiva

Publicação em 20 de maio de 2025

Quando o BI falha não por falta de dados, mas de direção…

Todo projeto de BI (Business Intelligence) começa com uma promessa sedutora: transformar dados brutos em insights valiosos. Mas a realidade é que alguns deles naufragam antes mesmo de entregar valor. E não é porque a ferramenta é ruim. O problema, quase sempre, está nas perguntas erradas, nos objetivos difusos e nas falsas expectativas.

Neste artigo, vamos explorar 5 armadilhas comuns em projetos de BI. Aquelas que os dashboards não mostram, mas que fazem toda a diferença entre um projeto estratégico e um enfeite caro na intranet. Especialmente quando falamos em análise preditiva mal direcionada.

1. Focar em dados que são fáceis de coletar, e não nos que são relevantes

Você está analisando dados que realmente importam ou apenas o que está disponível?

Muitos projetos de BI começam extraindo dados do ERP, CRM ou sistemas financeiros, simplesmente porque estão acessíveis. Mas quantidade não é sinônimo de utilidade.

“Se você está medindo o que não muda nada, está apenas empilhando números.”

Perguntas para o time técnico:

  • Como definimos quais KPIs são realmente estratégicos para o cliente?
  • Temos dados suficientes para responder às perguntas do negócio, não só aos relatórios-padrão?

Como a Smart contorna isso: Alinhamento estratégico no kick-off, com foco nos objetivos de negócio antes dos dados.

2. Análise preditiva sem análise diagnóstica é tiro no escuro

Estamos prevendo o futuro, mas sabemos explicar o passado?

É comum ver empresas ansiosas por implementar modelos preditivos antes mesmo de entender o porquê dos dados históricos. Mas sem uma boa análise diagnóstica, qualquer previsão vira achismo fantasiado de estatística. E isso compromete todo o potencial da análise preditiva.

Perguntas para o time técnico:

  • Quais foram as principais causas dos eventos passados que estamos analisando?
  • Como isolamos variáveis para entender os fatores de impacto real?

Como a Smart contorna isso: Foco em storytelling com dados, usando históricos para construir confiança nas previsões de análise preditiva.

3. Implementar BI como projeto de TI, e não como iniciativa de negócio

Análise Preditiva

Quem está liderando o projeto: a área de negócios ou apenas o time de dados?

Quando o BI é visto como solução técnica, o resultado são relatórios impecáveis que ninguém usa. Não adianta entregar painéis bonitos se eles não respondem às dúvidas reais da operação.

Perguntas para o time técnico:

  • O projeto foi cocriado com os times de negócio?
  • Como estamos validando se os dashboards estão realmente sendo usados?

Como a Smart contorna isso: Squads multidisciplinares com TI + negócio desde a fase de descoberta.

4. Falta de governança: dados soltos, métricas duplicadas e relatórios conflitantes

Cada área tem seu próprio número? Então você não tem um BI, tem uma guerra fria de métricas.

Sem governança, surgem silos de dados, métricas divergentes e perda de credibilidade. Isso corrói a confiança no BI e trava a tomada de decisão.

Perguntas para o time técnico:

  • Existe um dicionário de dados validado e acessível?
  • Quais os critérios para aprovação de novos KPIs e relatórios?


Como a Smart contorna isso: Modelos de governança de dados com áreas responsáveis, validações cruzadas e padronização

5. BI como fim, não como meio

A meta é o BI funcionar ou é o negócio tomar decisões melhores?

Muitos projetos fracassam porque medem o sucesso pela entrega da plataforma, e não pelo impacto real na estratégia. BI é meio. Se não estiver guiando a mudança, está apenas decorando a gestão — mesmo que envolva recursos avançados como análise preditiva de dados.

Perguntas para o time técnico:

  • O que mudou nas decisões da empresa após o BI?
  • Quais indicadores de performance foram impactados?

Como a Smart contorna isso: Medição de resultados do BI com clientes: tempo de tomada de decisão, economia gerada, ganhos operacionais.

Case real: LeasePlan (Ayvens) de BI engessado a autonomia total 

Antes da virada com a Smart, a LeasePlan Brasil (hoje Ayvens). A empresa usava uma plataforma de relatórios que parecia BI, mas que exigia muita mão da TI. Pouca agilidade, pouca autonomia para os clientes, muita frustração.

Desafio:

  • Eliminar a dependência técnica.
  • Dar poder ao cliente final para gerar suas próprias análises de dados e insights — sem pedir “favor” à TI.
  • Garantir governança e segurança sem engessar o processo.

Solução: A Smart implementou o Power BI Embedded em 3 frentes:

  1. Dashboards intuitivos e personalizados diretamente no portal do cliente.
  2. Capacitação de stakeholders (com manuais e treinamentos).
  3. Comunicação segmentada para adoção gradual e eficiente.

O resultado:

  • Mais tempo pro time interno focar no estratégico.
  • Clientes com autonomia total pra gerar seus relatórios.
  • Visão 360° sobre frotas, produtividade e decisões mais ágeis.

“Queríamos algo que os usuários externos também pudessem navegar, fazer filtros, extrair relatórios e obter insights sozinhos” — Luana Carvalho, analista de Data Science.

Por que esse case importa aqui?

Porque ele mostra na prática o que acontece quando se evita as 5 armadilhas do BI. Foco em dados úteis, autonomia com governança, integração entre TI e negócio, e uma análise pensada pra quem vai usar.

Conclusão: BI é ferramenta. O diferencial é saber onde mirar

Tecnologia é muito importante, mas por si só não resolve. Business Intelligence só faz sentido quando orienta ações, muda comportamentos e apoia decisões com agilidade e precisão. A análise preditiva é poderosa, mas só quando está a serviço de uma estratégia clara.

Na Smart, a gente acredita que dados só ganham poder quando conectados a um problema real. Um contexto concreto e uma mentalidade de evolução contínua.

E é exatamente isso que a gente ajuda nossos clientes a fazer.

Sobre a Smart Consulting

A Smart Consulting tem +20 anos de experiência em transformação digital e consultoria tecnológica. Somos especialistas em Dynamics 365, Low Code e Power Platform, oferecendo consultoria, implementação e treinamento para aumentar a eficiência dos clientes. Fale conosco e descubra como impulsionar sua transformação digital com IA!

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Escrito por:
Larissa Ferreira | Marketing