O marketing 4.0 representa a evolução do marketing e uma adaptação às novas relações de consumo e ao comportamento atual do consumidor. A fase 4 segue a mesma dinâmica das outras fases e busca entender como empresas podem se comunicar com o seu público no mundo digital, afetado pela transformação protagonizada pelas novas tecnologias.

Assim, é fundamental que os gestores entendam as características dessa nova etapa e trabalhem para estabelecer conformidade. Afinal, isso representa melhor relacionamento com seus clientes e, por conseguinte, maior abertura para vendas bem-sucedidas.

Quer aprender sobre o assunto e entender como chegamos ao marketing 4.0? Acompanhe os tópicos a seguir. Boa leitura!

O que é marketing 4.0?

Marketing 4.0 é uma abordagem de marketing que combina interações on-line e off-line entre empresas e clientes, mescla estilo com substância no desenvolvimento das marcas e, finalmente, complementa a conectividade máquina a máquina com o toque pessoa a pessoa para fortalecer o engajamento dos consumidores. Ele ajuda os profissionais de marketing, na transição para a economia digital, que redefiniu os conceitos-chave do marketing. O marketing digital e o marketing tradicional devem coexistir no Marketing 4.0 com o objetivo máximo de conquistar a defesa da marca pelos clientes. Marketing 4.0 Pihilip Kotler, Hermawan Krtajaya e Iwan Setiawan.

A tecnologia atualmente tem um papel importantíssimo na vida e nos hábitos de consumo de todos. A internet e as redes sociais, por exemplo, ditam tendências e geram padrões que as pessoas levam em consideração antes da decisão de compra. Os consumidores, em geral, têm muito mais informação antes de cada escolha.

Assim, o marketing do mundo atual é o que une integração entre canais online e offline, novo relacionamento com o cliente e cultura centrada no consumidor. Apresenta também empresas que focam em aspectos humanizados e em questões importantes que as pessoas valorizam, como filosofia de inclusão e fatores sociais.

Buscas, comunidades virtuais e serviços

Essa definição se alinha ao momento em que vivemos, definido por três pilares: as buscas na internet, as grandes comunidades virtuais e os serviços. Primeiro, as buscas em grandes sites como o Google definem a solução de problemas no mundo atual, incluindo as necessidades de compra. Se precisa de algo, um comprador logo pensa em pesquisar sobre o assunto no buscador.

Por isso, é importante que as empresas estejam no ambiente digital e sejam encontradas pelo Google com algo de valor para transmitir aos consumidores.

Em segundo lugar, temos as redes sociais atuando como grandes locais de confiança. As pessoas vão aos seus círculos digitais de amigos e buscam recomendações, indicam marcas e criticam outras. Elas tendem a confiar e depender de quem está nos seus grupos sociais, e menos em propagandas tradicionais.

Em terceiro, temos a ideia dos serviços oferecidos por empresas puramente digitais. Essas pequenas organizações oferecem produtos em forma de serviços, disponíveis para acesso na rede. Desse modo, solucionam problemas específicos e lideram novas formas de relacionamento com os clientes 4.0 também. Essas iniciativas digitais são protagonistas do novo marketing e devem ser analisadas como referência.

Como difere das outras fases do marketing?

Então, como chegamos até aqui? Se estamos na versão 4.0 do marketing, passamos por três grandes eras. Vamos investigar isso nos próximos parágrafos.

Marketing centrado no produto (1.0)

Tudo começa com a revolução industrial, que gerou uma grande necessidade por uma mudança de visão na forma como produtos eram vendidos e consumidos. Depois da revolução, produtos eram feitos em massa e vendidos com as primeiras formas de publicidade. Era o marketing 1.0, focado no produto.

[HORIZONTAL] 5 passos para melhorar a experiência do cliente

As empresas falavam bem mais dos produtos do que de qualquer outro aspecto. Não havia grande foco no cliente, nem mesmo em valores da própria empresa. A versão 4.0 se destaca dessa visão por subverter o ponto focal e acrescentar uma série de preocupações para gestores, como as que já mencionamos.

Marketing voltado para o consumidor (2.0)

Depois, o cliente passou a se tornar mais importante. O surgimento de meios de comunicação mais populares, como a televisão, facilitou o acesso à informação e empoderou o consumidor. Então, ele tinha uma voz e precisava ser satisfeito com os produtos. O marketing 2.0 é, então, centrado no comprador.

Marketing centrado no ser humano (3.0)

Em seguida, o mercado passou a perceber que o comprador foi se tornando ainda mais autônomo e seguro de suas decisões. Começou a valorizar outros aspectos das marcas, como a preocupação social delas e como se posicionavam diante de questões humanas. Empresas começaram a entender que precisariam dialogar com o ser humano por trás das decisões de compra. Nasce o marketing 3.0.

Essa abordagem de comunicação concentra-se em valores, objetivos que os humanos têm e na forma como essa visão de mundo deles afeta os hábitos de consumo.

Marketing centrado no ser humano + digital (4.0)

O marketing 4.0 é como uma continuação natural do 3.0, mantendo o foco no ser humano. Contudo, diferencia-se por acrescentar uma responsabilidade maior para as empresas, que devem também se humanizar para gerar uma conversa horizontal com as pessoas. As marcas agora devem ser ativas socialmente, inteligentes e moralmente sólidas — características tipicamente humanas.

O novo marketing também é focado na experiência do consumidor em seus canais, com a ideia do omnichannel. Isto é, é preciso oferecer experiências marcantes, seja em uma loja física, seja em contato por telefone, seja em um site. O ideal é que as empresas mantenham uma consistência, para que os clientes não percebam mudança entre esses canais na sua jornada. É preciso unir as experiências off-line e on-line de para conquistar a defesa da marca pelos clientes, a apologia.

Como se adaptar às novas exigências?

Para se adaptar, é preciso ajustar as estratégias. Inicialmente, a empresa precisa trabalhar a fim de conhecer melhor o público, e isso inclui estudos da personalidade e de aspectos psicológicos e comportamentais.

Assim, é necessário moldar as estratégias para personalizar as mensagens e a comunicação de acordo com as necessidades e preferências dos consumidores. Dessa forma, as empresas conseguem construir uma relação horizontal com os clientes.

Outra dica é tomar decisões com base em dados. Ou seja, não é mais o momento de realizar escolhas com base em intuição e meras sugestões. Neste contexto, soluções de Customer Data Platform (plataforma de dados de clientes) são cada vez mais utilizadas, com o objetivo de facilitar a gestão dos dados de clientes e criar visões únicas e tornar os dados acionáveis.

O ideal é buscar dados e levantar relatórios que descrevem cenários e permitem compreender qual a melhor ação. A análise de dados pode ajudar a prever situações futuras, sucesso ou fracasso de campanhas e até mesmo índices de desistência dos clientes.

Da mesma forma, é importante adotar tecnologias que ajudem a monitorar e acompanhar os usuários com automação. Ferramentas que acompanham o seu comportamento nas redes sociais, por exemplo, são úteis para gerar dados que servem de insights para melhorias. Para avançar para o 4.0, o uso de inovações tecnológicas como o CRM é imprescindível.

O marketing 4.0 representa uma evolução para uma forma de comunicação integrada entre canais, focada no usuário e com uma visão mais humana da própria empresa.

Assim, é possível se adaptar e falar com os consumidores dos tempos atuais, bem como se destacar diante da alta concorrência na venda de produtos. O objetivo é gerar clientes duradouros que se tornem promotores da marca e que facilitam a aquisição de novos compradores.

Agora que você entende melhor as diferenças entre as eras do marketing, saiba como implementar a automação de marketing em seu negócio para alavancar seus resultados!

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