Você sabe realmente o que é BI? Chegou a hora de descobrir tudo o que você precisa para tornar a sua empresa mais inteligente. Confira!

Por que saber o que é BI?

Dirigir uma empresa, gerenciar um projeto ou coordenar um setor exige a tomada de decisões. Isso acontece a todo o momento e a estratégia utilizada varia de empresa para empresa. Muitas empresas ainda confiam somente na intuição e nas experiências anteriores. Uma análise utilizando só esses fatores traz riscos, que devem ser evitados.

Cada passo deve ser analisado com base em dados, para que a probabilidade de sucesso seja a maior possível. Nesse sentido, é importante entender o que é BI (Business Intelligence) e quais vantagens ele traz para o seu negócio. Como esse conceito auxilia na coleta e na organização de dados confiáveis, para o apoio à tomada de decisões.

E vale a pena também ficar atento às aplicações do termo, suas vantagens e as diferenças em relação a outras expressões igualmente relevantes, como Big DataData Analytics.

Para aprender mais sobre o universo do BI e ter dicas sobre quais aspectos são fundamentais para que implantação do Projeto de Business Intelligence seja bem-sucedida, acompanhe o nosso conteúdo até o final.

O que é BI?

O termo “BI” – Business Intelligence (Inteligência de Negócios) é um conjunto de técnicas, ferramentas e estratégias que visam coletar, organizar, visualizar, interpretar e monitorar os dados, de modo a gerar insights que ajudem nas decisões de gestão.

Ou seja, são soluções de software que ajudam diretamente no gerenciamento estratégico da empresa, impulsionando o cumprimento de metas e reforçando o planejamento.

Assim, é possível obter uma visão completa da empresa e garantir o monitoramento de atividades ou processos. O objetivo do BI é processar grandes massas de dados, extraídos de diferentes fontes, para realizar estudos aprofundados sobre atividades, operações e projetos.

Isso pode ser aplicado para conhecer o comportamento dos clientes ou prever demandas de produtos, por exemplo. As ferramentas geram relatórios, mapas, gráficos e outras formas de visualização que permitem entender o estado da empresa como um todo, padrões e tendências.

Na visualização de gráficos e mapas, entre outros, destacam-se também os mecanismos de filtro e consulta que permitem segmentar os dados. Assim, os resultados são organizados de acordo com aquilo que a empresa quer compreender no momento.

Em suma, o principal objetivo do Business Intelligence é transformar dados brutos em informações valiosas, que ajudem nas decisões da empresa. Assim, é possível responder perguntas acerca do histórico e do futuro das operações.

Exemplos práticos de o que é BI no esporte e na indústria

Exemplos do uso de BI não faltam. A Seleção alemã de futebol, por exemplo, usou uma grande concentração de dados táticos para otimizar seus resultados na Copa do Mundo de 2014, sediada no Brasil.

Com métricas como velocidade dos jogadores e qualidade das jogadas, eles conseguiam decidir a escalação para cada partida e estratégias para vencer os jogos. Como resultado, foram campeões mundiais naquele ano.

A empresa Avon também implantou o BI para otimizar os seus processos. Deixaram de fazer escolhas com base puramente em intuição e experiência, para baseá-las em dados sólidos e fundamentos confiáveis.

Assim, avançaram no mercado e se adaptaram a uma tendência praticamente obrigatória dos nossos tempos.

Como surgiu o Business Intelligence?

Há algum tempo, tomar decisões baseadas na intuição e no “achismo” era algo comum dentro das empresas.  Sempre que uma nova oportunidade surgia, os gestores tinham que confiar na própria experiência e tentar adivinhar qual era o melhor caminho a ser tomado.

Quando procuravam entender e estudar diferentes cenários, esse se tornava um caminho moroso e não muito eficiente. A razão para isso é que todas as análises eram baseadas em lembranças aleatórias de situações passadas, o famoso “feeling”.  Nada ajudava a projetar com precisão o que poderia acontecer no futuro.

Foi em meio a esse contexto que surgiu a Inteligência de Negócios, Business Intelligence, ou simplesmente “BI”. O conceito foi criado em meados dos anos 80, por um instituto de pesquisa e análise de TI, o Gartner Group. E para chegar até ponto, uma jornada precisou ser percorrida:

Oriente Médio

A técnica do BI é utilizada desde tempos muito remotos. No Oriente Médio antigo, já se usavam os dados sobre o vento, a temperatura, a umidade do ar e até a altura das marés, para analisar as condições climáticas e tentar prever a situação para os próximos dias. O resultado? Plantios e pescas muito mais eficientes.

Décadas de 1960 /1970

As empresas despertaram para a importância desse tipo de análise, pois elas contavam com uma quantidade enorme de dados e perceberam que podiam usá-los em seu benefício, para aumentar os lucros. Nos anos 70 foi desenvolvida uma nova forma de armazenar dados: o Sistema Gerenciador de Banco de Dados.

Décadas de 1980 / 1990

A formulação do conceito do BI nos anos 80 foi fundamental para que, na década seguinte, surgisse o “Data Warehouse”, um “depósito digital” de dados detalhados, a partir do qual eram emitidos relatórios que ajudavam a tomar decisões sobre o futuro.

Década de 2000

Nasceram os conceitos de Sistema de Suporte à Decisão, junto com uma infinidade de planilhas eletrônicas, geradores de relatórios, “OLAP” (On-line Analytical Processing) e diversos outros. Foi o início da utilização de dados como fonte confiável para uma tomada de decisão organizacional mais eficaz e inteligente.

A prática de cruzar informações para tentar entender tendências de cenários futuros foi se difundindo e se aprimorando ao longo dos anos.

Décadas de 2010/2020

Os últimos anos têm sido marcados pela explosão na geração de dados e os sistemas de BI evoluíram para se tornarem ferramentas mais amigáveis. Com preços mais acessíveis e oferecidas como serviço “SaaS” (Software as a Service), facilitam o uso do “BI Self-service”, que são soluções disponíveis para que qualquer usuário possa construir suas próprias análises.

Quais vantagens o BI proporciona a um negócio?

Veremos agora as principais vantagens do BI para as organizações.

Predição de tendências

O Business Intelligence proporciona algumas análises mais específicas, que ajudam os líderes a terem uma visão mais ampla das suas empresas.

Uma delas é justamente a análise preditiva, que permite prever tendências e padrões futuros que vão impactar a empresa de alguma forma. Por exemplo, uma boa oportunidade em determinada área, ou um risco em algum projeto.

Com um Projeto de Análise Preditiva, o BI suporta e otimiza o planejamento estratégico, o que possibilita que a empresa veja com antecedência o que pode acontecer e já se prepare antes.

Esse tipo de estudo está associado aos modelos prescritivos, que partem dos resultados preditivos para determinar as consequências dos fatos futuros e o que deve ser feito mediante essa previsão.

Análise de mercado

O benchmarking também fica mais fácil quando a companhia conta com ferramentas de análise de dados.

É possível estudar o mercado de maneira profunda, unindo dados de origens diversas e explorando diferentes dimensões.

Dessa maneira, a empresa identifica o comportamento dos concorrentes e descobre quais são as tendências do mercado, para que a sua estratégia seja o mais assertiva possível.

Uso de métricas

Utilizar uma solução de inteligência de negócios significa acompanhar métricas e indicadores relevantes ao longo do tempo.

Um dos grandes benefícios do BI é a possibilidade de acompanhar esses índices de forma clara, visualizando as suas variações, identificando padrões e as principais causas.

Por exemplo, se há um problema logístico e há um indicador com resultados negativos, a empresa consegue analisar os dados com filtros específicos. Ao visualizar gráficos e relatórios, pode detectar os fatores que levaram à situação atual.

Com isso, a gestão tem os dados que precisa para tomar uma decisão, no sentido de reverter o quadro e voltar a obter resultados positivos.

Impacto positivo na experiência do cliente

O Business Intelligence também é essencial para otimizar a experiência dos clientes.

É uma solução que coleta e analisa dados para gerar insights sobre preferências ou comportamentos dos consumidores. Por isso, permite a criação de serviços e estratégias alinhadas às suas necessidades reais.

A principal consequência disso é a fidelização dos clientes. Quando uma empresa os conhece a tal ponto, de gerar valor para eles em várias etapas do relacionamento comercial, passam a confiar mais na marca e comprar com maior frequência.

Otimização de processos

Vale destacar também esse tópico, relacionado aos processos internos da empresa.

Ao utilizar dados para uma análise mais profunda e inteligente, a organização é capaz de detectar problemas ou pontos falhos nos processos dos seus setores. Isso possibilita aprimorar a forma como trabalha.

E com o acompanhamento constante desses indicadores, essa análise fica ainda efetiva.

Escalabilidade

As ferramentas de BI são preparadas para lidar com quantidades crescentes de dados.

Por isso, a escalabilidade é um dos pontos positivos, o que ajuda às empresas a se adaptarem à velocidade da geração de dados.

Ao contratar os recursos tecnológicos adequados, são evitados problemas de indisponibilidade ou falta de acesso, mesmo com o aumento da demanda.

Colaboração e compartilhamento

As soluções de BI também contribuem com o trabalho em equipe, pois  elas permitem que os colaboradores compartilhem os dashboards e relatórios entre si. Isso garante que todos atuem alinhados.

O BI ajuda a compartilhar as informações, de modo que os interessados consigam visualizar o que é relevante para as equipes nas quais eles atuam.

Redução de Custos

Com decisões mais assertivas, há redução de custos. A empresa pode trabalhar na busca por eficiência, minimizar desperdícios e prevenir incidentes.

Assim, é possível direcionar os recursos para investimentos em necessidades e oportunidades interessantes, identificadas por meio da análise de dados.

Compreensão das causas dos problemas

Dentre as análises que podem ser feitas com o BI, destaca-se a descritiva, que busca apresentar o atual estado da companhia em relação a variáveis importantes.

Além dela, existe a análise diagnóstica, que visa explicar as causas e descrever com mais detalhes os eventos anteriores.

A grande vantagem é poder entender, com clareza e transparência, o que levou aos problemas atuais.

Desse modo, a organização se torna apta a trabalhar com mais cautela, tendo o passado como referência para as ações do futuro. E com a consciência dos seus pontos fracos e possíveis riscos.

Auxílio nos projetos

O Business Intelligence tem grandes implicações em projetos também.

Com o BI as equipes gerenciam melhor os cronogramas, com estimativas precisas de prazos e previsão de riscos, crises ou mudanças. As decisões são amparadas em dados sólidos e confiáveis.

Dessa forma, é possível desenvolver melhor o escopo de projeto e do produto.

Assim, a empresa garante a melhoria e a evolução dos processos de trabalho, além do alinhamento às necessidades dos clientes, de modo a otimizar os resultados.

Agilidade nas decisões

Um outro fator associado ao BI é a agilidade. O tempo é uma questão que pesa bastante quando o líder precisa tomar sua decisão.

Afinal, dependendo da velocidade, os problemas podem ser mitigados e as oportunidades, aproveitadas. Nesse sentido, uma ferramenta de BI é muito útil, pois ajuda as empresas a terem os dados que precisam, para a tomada de decisões em tempo real.

Em suma, o Business Intelligence ajuda a tomar decisões mais rápidas e assertivas.

Devido ao monitoramento, a gestão pode receber alertas por e-mail sobre dados relevantes e consegue intervir rapidamente nos cenários, para obter o melhor resultado.

O que possibilita essa rapidez é a automação e a capacidade dos algoritmos em processar quantidades enormes de dados.

Vantagem competitiva

Todos esses benefícios, oferecidos pelas soluções de BI, cooperam com o avanço do seu negócio no mercado e o destaque competitivo.

Em outras palavras, a empresa consegue conquistar mais clientes e crescer, pois sai à frente dos concorrentes por conta da agilidade e da efetividade de suas decisões.

Quais são as aplicações do Business Intelligence?

Veremos neste tópico como o BI pode impactar o seu negócio em diversas áreas.

Recursos Humanos

No setor de RH, as ferramentas de BI são chamadas de “People Analytics” e são aplicadas na escolha dos melhores profissionais para os projetos da empresa.

Dessa forma, é possível cruzar as informações dos currículos e as necessidades da vaga, a fim de otimizar essa combinação e aumentar as chances de encontrar a pessoa certa para a vaga.

Vendas

Em vendas, o BI ajuda a conhecer o mercado e entender melhor as demandas de consumo dos clientes, segmentando melhor as ofertas. Nesse sentido, é possível analisar os clientes a ponto de fazer “vendas cruzadas” (oferecer produtos adicionais) com mais eficácia.

Além disso, é possível analisar o histórico de transações, o fluxo de produtos e o estoque em busca de padrões ou descobertas interessantes.  O BI pode apresentar, por exemplo, o status das vendas, do contas a pagar e a receber, por meio de indicadores.

Marketing

As campanhas de marketing também são beneficiadas pelo BI. É possível fazer uma análise mais profunda das estratégias, com o cruzamento de dados do mercado e dos clientes.

Com a integração de dados advindos de diferentes fontes, como o CRM e Redes Sociais, a empresa pode conhecer melhor o seu público. E dessa forma, personalizar as ações de marketing para ter um relacionamento mais próximo, pois conhece os principais gatilhos de seus clientes.

Atendimento ao cliente

O tom da conversa, a escolha das palavras e outras características do suporte podem ser personalizadas de acordo com o conhecimento da empresa sobre seus clientes.

Como implantar o BI na minha empresa?

É importante saber que existe uma jornada pela frente. O ideal é ser organizado com os processos e as etapas, a fim de garantir uma implantação organizada e bem-sucedida.

Mapeamento de necessidades

Inicialmente, é necessário mapear as necessidades de inteligência de negócios, quais indicadores serão acompanhados e qual será a função do BI na empresa.

Com esse objetivo claro, é possível avançar e buscar a melhor solução para o negócio.

Definir as fontes de dados

As fontes são a origem dos dados que serão visualizados e analisados. Nessa fase é importante avaliar de onde eles virão – da web, do CRM, ERP, redes sociais ou planilhas? Como será a integração com essas fontes de dados?

Essa decisão definirá a qualidade dos dados que serão importados para o BI.

Escolher a solução

Na sequência, a empresa precisa de uma solução específica. É importante pesquisar para entender como as ferramentas do mercado funcionam e quais se encaixam às necessidades já identificadas.

Planejar a implantação

Depois que a solução foi selecionada, é a hora de criar o planejamento da implantação, com um cronograma das fases.

Vale também focar na preparação dos colaboradores na adaptação à nova aplicação. Afinal, é essencial envolver a equipe em todos os momentos, para garantir alinhamento e o êxito do processo.

Metodologias ágeis

Com elas, é possível dividir o trabalho em etapas menores e garantir a transparência no processo. Dessa forma, são minimizadas as chances de erros e a colaboração de todos os envolvidos se torna mais efetiva. A entrega é agilizada e os resultados, mais assertivos.

Por essa razão, é fundamental entender a diferença entre a metodologia ágil e a tradicional, para compreender como uma gestão de projetos mais ágil pode ser benéfica.

Como funciona a integração entre o “BI”, “CRM” e “ERP”?

O ERP e o CRM são dois sistemas extremamente relevantes, pois reúnem dados transacionais, do dia a dia do negócio. E geram mais valor, quando integrados ao BI.

ERP é uma sigla que significa “Enterprise Resource Planning” e em português, Sistema de Gestão Empresarial. Ele padroniza, centraliza e gerencia as informações de processos e setores da empresa.

O CRM também é uma sigla inglesa, “Customer Relationship Management” – Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente. Reúne as informações dos clientes de forma organizada e concisa, para que esses dados sejam utilizados de forma estratégica.

O BI pode unir os dados desses dois sistemas e de outras fontes. Dessa forma, unifica todos os dados, para que façam sentido entre si, sejam úteis e fáceis de acessar.

Em linhas gerais, esse processo funciona da seguinte forma:

  • As bases de dados do ERP e CRM reúnem dados relevantes dos clientes;
  • O BI coleta, organiza e trata esses dados, para gerar informações úteis para a tomada de decisão.

Ao reunir e cruzar todos esses dados, é possível obter:

  • Análises mais completas e eficientes;
  • Informações atualizadas em tempo real;
  • Maior eficácia e melhor desempenho.

O que é BI “self-service”?

O objetivo principal dessa solução é tornar todos os níveis hierárquicos de uma empresa mais independentes e inteligentes.

É uma modalidade de autoatendimento em relação ao BI sem depender, necessariamente, da equipe de TI.

A TI passa a se preocupar mais em disponibilizar as fontes, modelar os dados e apresentar visuais.  E os próprios usuários finais podem construir suas análises.

Dessa forma, todos têm acesso a uma solução com interface intuitiva e que pode ser gerenciada por qualquer colaborador. Com isso, há menos necessidade de intervenção dos profissionais de TI, o que otimiza o trabalho de todos.

As equipes dos diferentes departamentos podem acessar suas métricas, visualizar informações relevantes e gerar relatórios sempre que precisarem, de maneira prática.

Em pouco tempo, é possível para criar um dashboard. E a gestão pode controlar o acesso de cada um e autorizar a visualização de forma segmentada.

Isso significa que todos poderão criar seus próprios relatórios com base na sua demanda, acessando respostas úteis de uma forma rápida.

Se o profissional tem as informações necessárias para tomar a decisão mais inteligente possível, então ele também tem autonomia para fazer isso sem recorrer a outra pessoa.

Com isso, os processos se tornam muito mais ágeis e menos burocráticos. Isso tudo sem falar no grande benefício do compartilhamento de dados e insights entre os usuários.

Microsoft Power BI

O Microsoft Power BI é uma solução self-service BI.

Viabiliza a análise de cenários forma personalizada e em profundidade, cria relatórios interativos, com informações integradas e atualizações em tempo real.

Uma das vantagens de usar o Power BI está no fato de que todos os seus recursos serem dinâmicos e totalmente operacionalizados por dashboards intuitivos e conectados com diversas fontes de dados.

Para tornar o uso ainda mais acessível, os painéis podem ser visualizados em diferentes dispositivos móveis, como celulares ou tablets. Também pode ser embutido em outros sistemas, por meio do Power BI Embedded.

Isso proporciona mobilidade, eficiência e flexibilidade, tanto no acesso, quanto no compartilhamento dos dados. E o melhor: isso pode ser feito por qualquer usuário!

São várias as opções de Power BI, gratuitas ou pagas, de acordo com as necessidades de cada empresa. Para saber mais veja aqui as possibilidades de planos do Power BI.

Quais são os principais problemas, barreiras e erros na implantação do BI?

Mesmo sendo uma solução extremamente vantajosa, como qualquer outra tecnologia, o BI também tem os seus desafios, principalmente na implantação.

Com paciência e dedicação, toda a equipe acaba percebendo o quanto o BI pode ser vantajoso, especialmente no longo prazo.

Para isso, é importante compartilhar o conhecimento, orientar sobre o uso e mostrar os benefícios, como por exemplo:

  • Identificação de problemas e oportunidades;
  • Relatórios customizados;
  • Avaliação aprofundada dos clientes, alinhada com a estratégia empresarial;
  • Aperfeiçoamento constante dos processos

Para colaborar com a sua empresa nessa fase tão delicada, que envolve investimentos, expectativas e pressão, listaremos os principais aspectos que podem impedir ou colaborar com o sucesso da implantação:

Falta de planejamento

Saber o que é o BI não é o suficiente para ter sucesso com a sua utilização. Não se trata apenas de comprar, instalar e rodar um software; vai muito além disso.

É necessário compreender antes, quais são os objetivos da sua empresa com a nova solução. Do contrário, não se saberá se obteve sucesso ou não com o investimento.

Ter em mente com o que o BI poderá contribuir é fundamental, pois é isso que o ajudará a definir as métricas e os indicadores certos para acompanhar os seus resultados.

Nesse caso, o melhor a fazer é procurar uma consultoria especializada, com experiência na área, para orientar o processo de implementação.

Resistência às mudanças

Nas implantações, os maiores problemas estão relacionados principalmente às mudanças que ocorrem na cultura organizacional.

Muitas pessoas apresentam uma grande resistência a novidades, especialmente em relação ao uso de novas tecnologias.

Seja por não terem conhecimento técnico ou não entenderem muito bem os benefícios do BI, a primeira reação pode ser a negação, a não adoção da nova ferramenta e indicadores.

Muitos diretores, executivos, gestores e integrantes de equipes podem tentar desistir no meio do caminho por não terem a clareza do objetivo final desse processo.

Para muitos deles, “as planilhas dão conta do recado”. Nesses casos, é preciso esclarecer as vantagens da utilização de gráficos, dashboards interativos e da automatização na geração de relatórios, que contribuirão para melhores resultados.

Manutenção de controles em paralelo

É preciso ficar atento ao uso paralelo de outras ferramentas de acompanhamento.

Como muitos estão acostumados a utilizar as tradicionais planilhas para consultar informações, é possível que os profissionais continuem a fazê-lo por um bom tempo, afinal, é um hábito enraizado.

Nesses casos, cabe mostrar que é possível ter acesso a dados muito mais atualizados, contextualizados e eficazes com o BI.

Além disso, os controles em paralelo fazem com que a informação mais atualizada não seja registrada nas fontes de dados do BI, o que o torna pouco efetivo.

Implantação com falhas técnicas

Uma implantação correta do ponto de vista técnico é de fundamental importância para o bom funcionamento do sistema e, consequentemente, para comprovar a sua eficiência.

Várias situações poderiam ilustrar o que foi mencionado acima. Citamos aqui um exemplo:

Indicadores em excesso

Adotar um número muito grande de indicadores, sem saber como priorizá-los pode aumentar o trabalho e atrapalhar a análise de dados importantes. Isso dá uma impressão equivocada de ineficiência, quando não o é.

Para superar esse tipo de problema, é necessário contar com uma fonte de dados limpa, indicadores relevantes e processos padronizados.

É preciso estar atento em relação à utilização de indicadores, para garantir que todos os dados necessários estejam disponíveis, íntegros e na medida certa para cada empresa.

Fontes de dados com pouca qualidade

Ao trabalhar com BI, é preciso ter clareza de que os dados são a matéria-prima. Por isso, o sucesso na implantação depende muito da qualidade dos dados que o BI acessa.

Investir em fontes de dados confiáveis e atualizadas é fundamental para que você não tenha informações redundantes ou irrelevantes para a tomada de decisão. É importante estar atento a isso, antes mesmo de implementar o software.

Vale lembrar que muitas vezes são necessários ajustes nos processos e sistemas de origem para melhorar a qualidade dos dados e consequentemente, as análises.

Não aproveitar todos os dados disponíveis

Um erro grave no processo de implantação do BI é não aproveitar ao sistema todos os dados necessários. Isso vai empobrecer a sua análise e a geração de insights.

Por isso, é fundamental obter os dados de todas as fontes de informação importantes, para que as suas entregas sejam mais completas.

Toda ferramenta utilizada pela empresa é uma fonte rica de informações: ERP, CRM, WMS, automação de marketing, gestão de projetos e assim por diante.

Fontes externas também podem ser úteis, como informações de mídias sociais, dados censitários etc.

Cada interação com clientes, fornecedores e concorrentes também pode gerar dados relevantes. Não desperdice nada.

Falta de equipe capacitada

A sua empresa precisará contar com um profissional ou com uma equipe especializada em BI, se quiser garantir a máxima eficiência na sua operacionalização.

Treinar um colaborador não especializado em BI pode até funcionar no curto prazo. Porém, não proporcionará todos os benefícios que a sua empresa poderia usufruir.

Se formar a própria equipe ou contratar um especialista em BI for inviável para a sua empresa no momento, busque um parceiro.

Isso mesmo! Terceirize essa área, conte com um time externo de especialistas, afinal, isso garantirá ainda mais expertise e um custo-benefício realmente vantajoso.

O futuro do BI

A tendência é que o BI ocupe cada vez mais espaço, facilitando as decisões empresariais e otimizando seus resultados.

Observar o caminho que o mercado está tomando é importante para criar respostas rápidas e ter o melhor retorno possível.

Atualmente, as expectativas sobre o uso do BI são grandes e incluem:

  • Transformação de dados em estratégias;
  • Habilidades relacionadas ao uso de dados em todos os cargos e funções;
  • Análises preditivas e prescritivas;
  • Inteligência colaborativa;
  • Monitoramento da concorrência.

Mobile BI

É uma das principais tendências. As principais plataformas de BI estão disponíveis para acesso em diversos dispositivos, como celulares e tablets, além de desktops.

Além de facilitar as análises, viabiliza decisões mais rápidas. Gestores e equipes contam com o acesso a indicadores e gráficos em qualquer lugar e a qualquer momento.

Processamento de linguagem natural

É uma tendência em expansão. Como um exemplo, podemos citar os recursos que permitem perguntar por escrito sobre os dados em linguagem natural. Ao fazer a pergunta em inglês, a resposta aparece na forma de um gráfico pronto.

Outra funcionalidade também utiliza algoritmos de Machine Learning para percorrer todo o conjunto de dados e mostrar insights para o usuário. E a partir desses insights é possível gerar visualizações interativas muito interessantes!

Com os modelos de IA e ML integrados à plataforma de BI, pode-se fazer reconhecimento de imagens e de texto. Citamos alguns exemplos atuais, mas certamente teremos novidades no futuro!

Storytelling

Ao apresentar essa funcionalidade, os sistemas contam histórias com os dados e facilitam a compreensão de colaboradores e stakeholders.

A principal vantagem é o alinhamento dos envolvidos e um estudo aprofundado da situação da empresa, sob uma perspectiva diferente.

Como as histórias são capazes de gerar engajamento, o aprendizado fica mais fácil. Nesse formato, fica mais simples assimilar ideias e insights. Inclusive, o Storytelling já é uma tendência em diversas atividades e campos profissionais.

Cloud Computing

Diante da demanda por alta disponibilidade, estabilidade e segurança dos dados, o BI na nuvem é uma grande tendência.

Além da vantagem de acessar o BI na nuvem, sem precisar instalá-lo em máquinas físicas, também conta com os benefícios da cloud. Com isso, as empresas garantem menos custos, maior eficiência no uso de recursos, segurança e escalabilidade.

Além disso, a computação em nuvem oferece mecanismos de backup e criptografia para reforçar a proteção. São serviços que atuam de forma integrada que atendam sob medida às necessidades específicas de cada empresa.

Segurança da Informação

A preocupação com segurança e privacidade é cada vez maior, em especial por conta Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Se as empresas coletam e armazenam maiores quantidades de dados, devem gerenciar com maior cuidado o ciclo de vida e uso desse conteúdo.

O objetivo é ser transparente e usar os dados apenas para uma necessidade específica.

Um dos pontos da LGPD é a portabilidade. As empresas devem ser capazes de recuperar essas informações sempre que os titulares as solicitarem.

Por conta disso, os três pilares da segurança da informação precisam estar presentes:

  • Confidencialidade, – autorização de acesso apenas para pessoas qualificadas;
  • Integridade – com dados sempre limpos e de boa qualidade;
  • Disponibilidade – com dados acessíveis todo o tempo.

Como vimos, o Business Intelligence é um conjunto de estratégias importantes e necessárias para as empresas modernas.

Com a produção de dados assumindo uma escala cada vez maior, tomar decisões com base em dados é uma questão de vantagem competitiva.

Os benefícios são inúmeros e suportam o crescimento das empresas em curto ou longo prazo.

BI, Big Data, Data Analytics e Data Science – qual a relação?

Por mais que esses termos sejam parecidos e que haja uma relação entre eles, esses conceitos apresentam diferenças, que mencionamos a seguir:

O que é Big Data

É o conjunto de dados estruturados e não estruturados, gerados em tempo real e a partir de diferentes fontes.

Uma das características do Big Data é o conjunto de “5Vs”: valor, veracidade, volume, velocidade e variedade. Isso significa que os dados:

  • São valiosos quando analisados;
  • Precisam ser verdadeiros para que façam sentido;
  • São gerados em grande quantidade e alta velocidade;
  • Estão disponíveis em diversos formatos — vídeos, imagens, texto etc.;
  • São produzidos em sistemas internos, redes sociais e outras fontes.

O que é Data Analytics

Tem a função de tratar os dados, ver a tendências deles e obter insights.

É um conjunto de métodos para fazer perguntas relevantes e produzir hipóteses, a partir de uma base de dados.

Engloba o BI, mas é mais abrangente. Pode-se entender o Data Analytics como uma área mais ampla, cujo foco é aprender com os dados, para analisar as suas tendências.

O que é BI – Business Intelligence

São os mecanismos e sistemas que foram apresentados nesse artigo, para a análise de dados e tomada de decisões. É um método de análise mais prático e voltado para a geração de respostas aos usuários e gestores, para apoiar as estratégias de negócio.

O objetivo do BI é ter uma visão do mercado e das necessidades reais de um negócio, representadas por indicadores, gráficos, entre outros, monitorados em tempo real.

Qual é a diferença entre Business Intelligence e Data Science?

O Business Intelligence e Data Science são muito similares, pois ambos têm por objetivo apoiar o processo de decisão das empresas com base em dados.

A diferença fundamental é que quando falamos em BI, o foco está em analisar dados históricos, utilizando modelos, fórmulas e KPI’s conhecidos, enquanto em Data Science, os dados são utilizados para gerar previsões sem uma fórmula conhecida (Data Science vs Business Intelligence: same but completely different, Maxim Scherbak).

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Com a nossa plataforma de BI, os dados são coletados de diversas fontes – ERP, CRM, planilhas de Excel, bancos de dados, serviços da web, entre outros, como a conexão nativa com o Dynamics, por exemplo.

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